Como
eu falei no início ,meus amigos eram meus primos.
A
serraria que meu pai trabalhava era colada a minha casa , nos fundos da minha
casa tinha um terreno enorme e tinha um
tanque enorme e alto para armazenar água , tinha também um galinheiro bem grande
, a casinha das galinhas.
Um
certo dia quando a oficina ou serraria como se dizia, estava parada ,
juntávamos os primos íamos brincar de esconde esconde e mais uma vez eu era
alvo das armadilhas do primo,já não tinha mais lugar para se esconder pois já
tínhamos explorados todos, esse meu primo achava os lugares mais cabulosos pra
me esconder,dentro da serraria em baixo do pó das madeiras , que fazia uma
montanha de raspas de madeiras,, e quando me achavam eu já tinha comido muito
pó de madeira, outro lugar que eu lembro que ele me escondeu foi dentro do
reservatório de água, que por minha sorte estava vazio, ele pôs uma escada e me pôs lá dentro, todos eram achados
menos eu, quando me encontravam já estava escurecendo, é porque eu começava a
gritar, outro lugar que ele me escondeu foi dentro do galinheiro , as galinhas
ficavam longas era uma gritaria só os bichinhos assustados com minha presença e
eu morrendo de medo, esse esconderijo foi o mais cabuloso e arrepiante porque
as galinhas estavam chocas e dava um piolho
que chamávamos de pichilingo é tipo um piolho bem pequenininho e parecido com uma pulga ..... Ai não posso nem
lembrar que da arrepios e me coço toda , eu era bem magrinha os cabelos na
cintura , agora imaginei eu dentro do galinheiro infestado de pichilingos , eu
comecei a me coçar desse ai não esperei
que me encontrassem sai feito uma louca e entrei dentro de casa gritando e me
coçando desesperada e ainda corri um
risco grande de levar uma boa surra, minha mãe me deu um banho com uma bucha
que na cidade chama-se de bucha vegetal
daquelas que sai rasgando o corpo todo de tão áspera , a minha roupa que
era um shortinho e uma camiseta bem simples , foram queimados, mas sempre contamos
os milagres mas nunca o santo, esse era o jeito simples e inocente das crianças do interior na minha época é
claro(1965).
Na
terceira casa do mesmo lado da minha tinha um tio irmão do meu pai que tinha cinco filhos uma
escadinha nós queríamos tanto bem uns aos outros que sentíamos ciúmes ex: quando uma de nossas mães comprava um objeto qualquer a outra também tinha que comprar
porque
ficávamos
na porta da casa fazendo careta uma para
outra e tinha um negócio de ficar de
mal por motivos bobos e partíamos os
dedos e dizia-se assim , belém belém nunca mais fico bem no dia seguinte
estávamos tudo junto e misturado de e
aprontando.
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Essa sou eu |
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Eu e minha mãe |
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Minha irmã Glaucia e mamãe |
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Glaucia |
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Glaucirety |
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Monica |
Meu convívio com minha irmã
Glaucia (minha segunda irmã)era tranquilo , há se era só era , pois bem como éramos bem pobres não tínhamos um guarda roupas apesar de meu
pai fabricar móveis mas como diz o ditado casa de ferreiro espeto de pau, no
canto da parede do quarto minha mãe encaixou um pedaço de pau tipo cabo de
madeira para guardar nossas roupinhas que ela confeccionava com muito capricho
e zelo, ela fazia uma cortina para as roupas não ficar ha mostra e também
evitar poeira , as roupas eram engomadas para ficar bem armadas e passadas com um ferro que se colocava carvão em brasas dentro ,
onde quero chegar vocês verão.
Eu
com sete anos minha irmã Glaucia uns cinco , antes de escurecer eramos banhadas
é porque não existia luz elétrica, minha mãe dava comida e depois íamos sentar
fora da casa , pra ver a lua contar as estrelas e os adultos por as novidades
em dia. Minha mãe acendia as lamparinas e botava uma na janela do quarto , a
santa da minha irmã entrou e sem ninguém
perceber fui atrás dela e vi que ela brincava com uma coisa muito interessante
com plástico e fogo e sabe onde? , debaixo do 'guarda-roupas' e do lado ficava
minha terceira irmã ha dormir numa rede,
eu me juntei a ela e fomos brincar com
esse brinquedinho interessante , ela pegava um pedaço de plástico passava na lamparina que ao se queimar o pedaço de
plástico caia como gotas no chão era muito lindo e ríamos da travessura, porém sem maldade.Ela
se descuidou o plástico ia queimar os dedos dela ela jogou em cima de mim
para
minha sorte era um pedaço bem pequeno , caiu em cima do meu peito esquerdo e
continuava a queimar fui muito corajosa aguentei caladinha porque a mão do meu pai pesava toneladas, e a
brincadeira continuava só que desta vez ela não jogou em cima de mim não , ela
arremessou para cima e caiu em cima das roupas,e o fogo começou a subir, quando
meus pais sentiram o cheiro de queimado
correram pra ver o fogo já tinha tomada
conta de toda a nossa roupa de vestir no
domingo para ir na igreja e quase não causou um dano maior minha terceira irmã que dormia na rede bem
próximo foi Deus que a livrou , no mais acabou tudo bem só um sermão em vez da peia.
O tempo foi passando e mais menino
chegando.
Nasceu
minha irmã Mônica e depois o único filho
homem de nome Glauco, minha tentou
tentou ate nascer um menino e como era lindo bem gordinho e com alguns meses de
vida deu uma doença nele que dava em crianças ainda bebês e que e difícil escapar, mas com muita oração,rezas ,benzedeiras e muita fé num é que o bichim
escapou.
A minha segunda irmã de nome Glaucia aos 7 pra
8 anos também quase que ia vendo Jesus.
Minha
terceira irmã de nome Glaucirety aos cinco anos de idade desidratou também quase vai pro buraco.
A
quarta também não foi diferente , apareceram feridas pelo corpo todo dava pena
de ver,minha mãe fez até promessa com São Lázaro . E até hoje o corpo
dela é todo marcado com manchas.
E eu?
bem eu continuo sendo até hoje a pessoa
mais saudável do mundo.
Saudável
sim porque não sei até hoje o que uma dor de ouvido,
dor
de cabeça, dor de dente, dor de garganta , hum hum não sei mesmo .
Mas
eis que o destino me prega uma grande peça .